O Sol que, com seus raios de ouro, transforma o pântano em seara e estrada, age com caridade.

A lua que estende seu véu de prata, para que as noites humanas sejam menos sombrias, opera a caridade.

A chuva que rega o solo para o plantio e que alimenta os mananciais, realiza a caridade.

O rio que, enquanto se estira e serpenteia, cobrindo longas distâncias a fim de umedecer suas margens, tornando-as férteis, opera a caridade.

A terra que responde ao trabalho do lavrador, com a transformação da semente em mesa farta, atua na caridade.

Os feixes elétricos que riscam os céus eliminam microrganismos prejudiciais à saúde geral, operam a caridade.

Os ventos que não só alimpam os ares, mas que também propiciam a polinização entre as plantas, agem na caridade.

Os corais, que formam monumentais atóis, ajudando a manter o equilíbrio planetário, operam a caridade.

O fogo que, quando na forja, faz o mineral do subsolo converter-se em utensílios de grande utilidade à vida humana, atua na caridade.

Contemplemos a natureza irracional que, sob a ação de generosos Servidores do Bem, atuam nas áreas da utilidade ao ser humano, ao orbe, à vida, e meditemos a respeito.

Reflitamos sobre o quanto poderíamos realizar em prol da caridade, contando com nossos valores da racionalidade, que só aguardam a ação da vontade firme, do nosso real interesse, a fim de lançar as bases de um mundo melhor para todos.