É a guerra

Quando no lar surge a desarmonia,
Se existe malquerença ou azedia,
Onde o gênio da sombra se aferra,
É a guerra...

Quando no trabalho profissional
Surge intriga ou inveja, estruge o mal,
Se o despeito a fraternidade enterra,
É a guerra...

Se a danação do orgulho ou da vaidade
Vive a espalhar torpe infelicidade.
Se esses tormentos a harmonia emperra,
É a guerra...

Se se abandona o ser quando criança,
Quando a mentira gera a desconfiança,
Quando ninguém se desculpa, quando erra,
É a guerra...

Se se converte o prato em munição,
Se há menosprezo pela educação,
Se a treva do cinismo envolve a Terra,
É a guerra...

Quando, ao invés de escola, houver prisão
Para deter quem, na perturbação,
Esqueceu-se do amor que o mal desterra,
É a guerra...

Ó caro irmão da peleja terrena,
Que se apavora com tudo o que ocorre
Na Terra, a ver tanta gente que morre,
Num mundo feito enlouquecida arena.

A guerra é tresloucado exibicionismo
Do atraso moral do espírito humano
Que, na rebeldia do cotidiano,
Segue a passos bem largos para o abismo.

Pense que tem responsabilidade,
Quando espalha energias em sua vida,
Pois pode espalhar sombra ou luz na lida,
E influir sobre o mundo, de verdade.

Guarde a certeza de que quando chora
E sofre o horror da loucura que explode,
Há muita bênção que do Céu o acode,
A livrá-lo da tormentosa espora.

Faça do amor sua rota e segurança,
Erguendo a paz nas trilhas em que vai.
Se o mundo desce em cada ser que cai,
Sobe com quem, em Deus, guarda a esperança.

Viva na paz de quem serve e trabalha,
Cauteloso e valente, com Jesus.
Ore e, confiante em Deus, forje sua luz,
Eis a regra formosa que não falha.



José Grosso.
Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 02.8.2006, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói-RJ.

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