Dever Espírita

Com muita propriedade, afirmou Allan Kardec que os Espíritos elevados se ligam de preferência aos que procuram instruir-se.

E quem busca instruir-se, escolhe o caminho do esforço máximo.

Todo educandário é instituto de disciplina.

Entretanto, aqui e ali, aparecem alunos viciados em recreio e preguiça, suborno e cola.

Estes, contudo, podem obter as mais brilhantes situações, no jogo das aparências, mas nunca o respeito e a confiança dos professores dignos do título que conquis­taram.

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Na Doutrina Espírita, escola maternal de nossas almas, há mais de um século surgem aprendizes de todas as condições.

Aos que pediam fenômenos para alicerçar a convicção, foi concedida pelos instrutores da Humanidade a mais alta cópia de francas demonstrações da sobrevivência.

As pesquisas rigorosamente científicas de William Crookes e as respostas positivas do Plano Espiritual valeram por insofismável testemunho da verdade, a benefício de todo o orbe, e, porque os discípulos da Nova Revelação se espalhassem por toda parte, as experiências foram examinadas e são, até hoje, reexaminadas, sob variada nomenclatura, em todas as direções.

Os tarefeiros do ensinamento espírita, por isso, não podem esquecer a obrigação de preservá-lo a cavaleiro de todas as investidas dos alunos ociosos, que nada procuram senão divertir e polemizar.

Vê-los-emos, em todos os lugares, sempre dispostos a pentear as ocorrências e expor de público as caspas recolhidas, para o espetáculo das discussões sem proveito.

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Resguardemos a mensagem edificante do Espiritismo contra aqueles que tomam o fruto da lição, perdendo tempo em repetidas e inúteis perquirições sobre a casca, com deliberado abandono da substância.

Há dois milênios se agita a opinião da Terra em torno do Cristo, organizando-se, em nome dele, guerras e conchavos, disputas e controvérsias, dietas e conselhos, in­terpretações e perseguições, mas o que permanece firme, através do tempo, é a palavra do Evangelho.

Armem-se os caçadores de fenômenos como desejem, e detenham, como puderem, os elementos que a vida endereça à necessária renovação.

Todo fenômeno edifica, se recebido para enriquecer o campo da essência.

Quanto a nós, porém, estejamos fiéis à instrução, desmaterializando o espírito, quanto possível, para que o Espírito se conheça e se disponha a brilhar.




Emmanuel
Mensagem extraída da obra Seara dos Médiuns,
psicografia de Francisco Cândido Xavier.

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© Federação Espírita do Paraná - 20/11/2014