Kardec ecológico

A edição de junho do caderno JB Ecológico, encarte especial do Jornal do Brasil, homenageou a personalidade de Allan Kardec, traçando a relação de sua obra com o pensamento ecológico moderno. O texto, de autoria de Luciano Lopes e intitulado A ecologia espiritual de Allan Kardec, apresenta uma nota biográfica sobre o educador francês, cujo rosto aparece estampado numa foto. Destaca ainda, ao longo das quatro páginas do artigo, trechos de frases de Kardec, ou constantes na obra por ele codificada, as quais evidenciam o caráter conscientizador da Doutrina Espírita, sobre diversos pontos, como a Ecologia, por exemplo:

 

As belezas naturais são tão diferentes que estamos longe de as conhecer. Os Espíritos são sensíveis a essas belezas, segundo as aptidões que tenham para as apreciar e compreender. Para os Espíritos elevados, há belezas de conjunto diante das quais se apagam, por assim dizer, as belezas dos detalhes.

 

O solo é a fonte principal de onde se originam todos os outros recursos, pois, afinal de contas, esses recursos são simples transformações dos produtos do solo.

 

E, por ser ingrato, o homem a despreza. A terra, no entanto, é excelente mãe. Muitas vezes, também, o homem acusa a natureza daquilo que só resulta da sua imperícia ou da sua imprevidência.

 

A terra produziria sempre o necessário, se o homem soubesse contentar-se com o necessário.

 

O caderno JB Ecológico de junho pode ser lido também pela internet, na página www.jb.com.br, por assinantes do Jornal do Brasil ou pessoas cadastradas.

 

Transcorridos 139 anos da desencarnação de Allan Kardec, e vendo a projeção que tem alcançado a Doutrina Espírita no que diz respeito à sua divulgação em escala mundial, melhor se pode avaliar a importância do papel do Codificador e da missão que realizou, numa tarefa que, certamente, não lhe deve ter sido, em muitos momentos, nada fácil, como afirma o benfeitor Emmanuel, no livro A caminho da luz (ed. FEB), psicografado por Chico Xavier, ao discorrer sobre A tarefa do missionário.

 

A tarefa de Allan Kardec era difícil e complexa. Competia-lhe reorganizar o edifício desmoronado da crença, reconduzindo a civilização às suas profundas bases religiosas - diz Emmanuel.

 

E ainda sobre Allan Kardec, vale recordar as palavras do Espírito Camilo, no livro Cintilação das estrelas (Editora Fráter), psicografado por José Raul Teixeira.

Com Allan Kardec, a Doutrina Espírita avança. Ao decaído

, estende a mão que socorre e o arrimo que o apruma, em nome da caridade. Aos que estão de pé, fala-lhes de sua missão no mundo, sem que se percam na inutilidade vaidosa ou nos labirintos da impiedade. A ninguém promete salvação, embora faculte paz pelos compromissos devidamente atendidos. Ninguém vai ameaçado com os terrores infernais, entretanto, todos tomam posse das noções de responsabilidade à frente dos próprios atos.

 

E quando o Bandeirante da Verdade tomba, rompendo as cadeias que o detinham no chão terrestre, prossegue além, vencidas as pelejas humanas, atendendo aos serviços de Jesus, cuidando das almas sofridas e em processo de burilamento, que ainda se acham vinculadas aos processos planetários.

 

Legítimo Benfeitor da Humanidade, na vibração que a tua memória enseja, dizemos:

 

Ave, Allan Kardec! Teus discípulos novos e singelos, saudamos-te, nos umbrais da Era Nova, que impulsionaste com tua luta. - conclui.


Transcrito do Serviço Espírita de Informações nº 2103, de 19.07.2008.

© Federação Espírita do Paraná - 20/11/2014