Mãe Santíssima - Joanna de Ângelis
Ao nascer em Nazaré (Israel), Maria estava destinada a renovar o mundo na sua condição de pulcritude e amor.

Tornando-se Mãe de Jesus, adornou o sentimento augusto com sacrifícios e abnegação incomuns.

Submetida aos impositivos existentes que faziam da mulher uma servidora do homem, de tal maneira manteve-se digna que exaltou a feminilidade situando-a no seu devido lugar.

Seu Filho veio trazer luz à escuridão da Humanidade, a fim de que se modificassem os hábitos e costumes para melhor.

A Sua vida no trabalho com o Seu Pai recebia-lhe o carinho e o devotamento ímpares, embora não tivesse qualquer ideia do messianato que a Ele competia realizar.

Quando começou a sabê-lo, o seu desvelo seguiu-lhe as pegadas luminosas até aquela tarde trágica diante da cruz de impiedade e da alucinação da massa humana que exigia Sua vida no madeiro infamante.

Vendo-O, naquele momento em estertor, sem um amigo, no tumulto que se estabeleceu no Calvário, buscou superar as angústias e dores, para perguntar em pungente agonia: Meu Filho, meu Filho! Que te fizeram os homens?!

E Ele, com dificuldade nos instantes extremos e finais da existência corporal, respondeu, olhando João, o discípulo amado, que a acompanhava: Mulher! – não a chamou de mãe – Eis aí o teu filho. Filho, eis aí tua mãe!

A Natureza estava dominada pelo terror que tomava conta daquelas testemunhas perversas do Mártir.

Ele a oferecia à Humanidade e esta passaria a ser a sua família.

Foi a partir desse augusto momento que todos os homens e mulheres do mundo passaram a ser seus filhos e ela a Mãe Santíssima de todos.

Hoje, quando o teu calvário parecer excruciar-te e o desespero tentar apossar-se dos teus sentimentos, lembra-te de Maria, a Mãe Santíssima, e prossegue alegre e confiante sob o seu amparo.

Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco,
em 12.2.2023, no Centro Espírita Caminho
da Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 17.5.2023.

© Federação Espírita do Paraná - 20/11/2014