A reencarnação - Marco Prisco
Raramente se pode encontrar o exemplo de alguém que logrou o triunfo em qualquer área da existência mediante uma experiência única.

O denominado erro, quando ocorre, torna-se, por efeito uma oportunidade para se tomar conhecimento do que lhe cabe executar, e a sucessão de tentativas concede-lhe a segurança do desempenho da tarefa.

Em tudo e em todos os lugares repetir, experimentar mais de uma vez facilita a execução do conhecimento de qualquer natureza e propicia segurança no desempenho da tarefa.

Toda aprendizagem é fruto de variada metodologia, destacando-se o erro e o acerto.

Na primeira tentativa para qualquer realização experimenta-se uma forma de ação que parece perfeita, mas não corresponde à realidade. Assim ocorrendo, é natural que se verifique onde houve o equívoco para corrigi-lo.

Caso ainda não corresponda à conclusão feliz, uma nova experiência é executada até encontrar-se a fórmula ideal, que se irá fixar como o roteiro eficaz para o seu êxito. Desse modo, o erro conduz ao acerto em todos os labores, inclusive nos existenciais.

Quando o Espírito não logra êxito nos empreendimentos que lhe cabe executar na sua jornada terrestre, ele é convidado a repetir a experiência humana e reencarna-se na escola terrestre.

Nasce nessa oportunidade o destino, que tem por fatalidade a morte e o renascimento até encontrar-se perfeitamente sintonizado com a perfeição que emana da Divindade.

Examine-se a criança em todas as suas fases e se constatará que é mediante o concurso da repetição que se logra a compreensão e o discernimento que se faz natural e espontâneo no aprendizado.

De igual maneira, a aquisição do destino feliz, das realizações nobilitantes passa pelos mesmos métodos da aprendizagem.

Do reino animal para o humano o Espírito transfere os instintos para a razão, pois que predominam e dificultam a aquisição de novas informações.

O treinamento pela repetição educa o instinto, mas deste à razão, que lhe é antípoda, é indispensável o treinamento repetitivo e paciente.

Não se desespere ou desanime quando tenta a boa sorte e o resultado é negativo.

Trata-se de experiência nova que deverá fixar-se em direção do porvir.

Repita o ato, treine a experiência usando outras linhas de comportamento e se fixarão os bens de maneira irretorquível, passando a ser bom hábito, uma segunda natureza.

Entre as numerosas Leis do Universo a reencarnação tem primazia, porque faz parte do processo de evolução de todos os seres.

Deus a criou para dignificar a vida.

Todos os Espíritos são gerados simples e ignorantes, sendo-lhes necessário o esforço pessoal para romper a concha do desconhecimento e desenvolver-se. Todos possuem em germe a sabedoria, o deus interno, que deve ser encontrado no mundo íntimo, onde se demora a fim de libertar-se e alcançar a fatalidade do triunfo a que está destinado.

Não há privilégios na Criação, caracterizada pela igualdade de recursos a todos destinados.

O amor divino jaz em tudo no Universo e a sua complexidade é feita nos mesmos elementos que o tornam roteiro único.

Desse modo, reflexione mais e confie mediante o trabalho nas infinitas possibilidades que se encontram ínsitas em seu cerne.

A evolução é fruto do esforço e do devotamento de cada um.

A partícula de lodo que dorme no pantanal brilhará um dia numa estrela.

Também você atingirá a plenitude mediante a reencarnação.

Aproveite a oportunidade que se lhe apresentam, e a partir de agora rompa os obstáculos e siga o rumo da sua redenção, brilhando desde então.

Marco Prisco
Psicografia de Divaldo Pereira Franco,
na sessão mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção,
em Salvador, Bahia, em 30 de junho de 2021.
Em 28.3.2024.

© Federação Espírita do Paraná - 20/11/2014