Sinval Reis

Nasceu no dia 13 de abril de 1909, na cidade de São João do Nepomuceno, Estado de Minas Gerais.


Bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, no ano de 1945.


Antes do seu ingresso na Magistratura, no Estado do Paraná, serviu nas Forças Armadas do Brasil, como militar da arma de infantaria, por 28 anos, no Estado de Minas Gerais, tendo sido Sargento responsável pelos Tiros de Guerra, nas cidades de Ubá, Pará de Minas, Uberlândia, Ouro Fino, Dores do Idaiá e no Quartel General de Belo Horizonte. Nesse período, se destacou pela dedicação e determinação, em seus propósitos de solidariedade, bem como conquistou a liderança e o respeito entre os seus subordinados.


Posteriormente, prestou Concurso de Títulos e Provas para o ingresso na Magistratura Paranaense, tendo sido nomeado Juiz de Direito substituto da Seção Judiciária de Apucarana, em março de 1951. Permaneceu nessa cidade por dois anos e meio, tendo sido, depois, Juiz substituto nas Comarcas de Campo Mourão, Mandaguari e Arapongas.


Em 1953, foi nomeado  Juiz titular para a Comarca de Pitanga e, logo em seguida, removido para a Comarca de Rebouças.


De 1954 a 1961, foi promovido para a Comarca de Paranavaí, ali se aposentando.


No período em que residiu com sua família, nessa cidade, foi o instituidor e fundador de inúmeras obras filantrópicas. Dentre elas, a Casa da Criança de Paranavaí, posteriormente denominada Lar Escola das Meninas de Paranavaí e Aldeia Escola dos Meninos de Paranavaí (instituição que chegou a abrigar mais de 150 crianças órfãs e abandonadas, da região do Norte e Noroeste do Paraná); da Santa Casa de Misericórdia, destinada ao atendimento de indigentes, no meio hospitalar da cidade e região Noroeste do Paraná; do Asilo de Velhos Lins de Vasconcellos, para atender pessoas idosas menos favorecidas; do Albergue Noturno, entidade de caráter filantrópico que sempre atendeu aos desabrigados da cidade e região.


Também fundou o Ginásio Humberto de Campos, destinado a alunos do ensino fundamental; a Escola Normal Maria Ruth Junqueira e o Conservatório de Música João Ghignone, todas entidades ligadas à Aldeia e Lar Escola dos Meninos e Meninas, cujos rendimentos eram destinados às instituições filantrópicas, atendendo, igualmente, os menores acolhidos no Lar Escola e na Aldeia Escola.


Contribuiu ativamente para a criação do Ginásio Estadual, posteriormente, Colégio Estadual e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, atualmente, Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras.


Em homenagem às obras filantrópicas e outras realizadas, em Paranavaí, a comunidade local, através da Câmara Municipal, outorgou-lhe o título Pós-Mortem de Cidadão Honorário de Paranavaí, recebido pela sua esposa em nome da família Reis.


Também foi conferido a Sinval Reis a denominação da principal praça da cidade de Paranavaí, onde lhe foi erigido um busto.


Em janeiro de 1980, ao ser inaugurado o novo Fórum da Comarca de Paranavaí, o Tribunal de Justiça do Paraná homenageou o ex-magistrado e primeiro Juiz da Comarca, conferindo àquela sede do Poder Judiciário a denominação de Fórum Dr. Sinval Reis.


Desencarnou na cidade de Paranavaí, no dia 17 de setembro de 1963, e flores que, frequentemente, se encontram em seu túmulo são o testemunho do carinho e respeito que a população, especialmente a mais humilde, ainda nutre pelo seu benfeitor.


Em 23.8.2021.

© Federação Espírita do Paraná - 20/11/2014