Honório Melo

Presidente: 1981 -1983.

 

Natural de Florianópolis, SC. Fez carreira militar de 1924 a 1950, tendo chegado ao posto de Capitão. Formou-se Engenheiro Agrônomo em 1930. Iniciou suas atividades na Federação Espírita do Paraná em 1937 como membro do Conselho Federal. Foi 2º Vice-Presidente de 1974 a 1978, 1º Vice-Presidente de 1979 a 1980. Desencarnou em Curitiba no dia 8 de setembro de 1989.



Honório Melo, trabalhador incansável

Exerceu a presidência da Federação Espirita do Paraná - FEP, de 1979 a 1983.

Foi seu 3º vice-presidente de 1949 a 1952 e 2º vice-presidente de 1972 a 1978.


Ao longo de mais de meio século de dedicação ao movimento espírita, esteve ao lado de outros grandes trabalhadores, como Lins de Vasconcellos, Francisco Raitani, João Ghignone, Lauro Schleder e Abibe lsfer.


Em 11 de julho de 1937, passou a compor o Conselho Federativo da FEP, como representante da Sociedade Espírita Os Mensageiros da Paz. Em 15 de janeiro de 1938, foi designado secretário geral da FEP, pelo então presidente João Ghignone. Em 23 de janeiro de 1939, deixou esse cargo e passou a compor a Comissão de Direção e Fiscalização de Entidades Filiadas, em conjunto com Lauro Schleder, João Pina, Ernesto Carlberg Filho e João Hartman.


Em 2 de abril de 1938, propôs o nome de Hercília de Vasconcellos para o pavilhão feminino do denominado Sanatório Bom Retiro.


Foi eleito membro efetivo do Conselho Federativo em 12 de outubro de 1941. Em 11 de janeiro de 1943, foi designado para diretor do Departamento de Propaganda da FEP.


Participou como um dos organizadores do Congresso Espírita Paraná - Santa Catarina, em 1945, tendo inclusive apresentado uma tese.


Na reunião do Conselho Federativo de  9 de outubro de 1949, com a presença de Francisco Raitani, que havia retornado do Rio de Janeiro onde, com João Ghignone e Lins de Vasconcellos participara da assinatura da ata da FEB que passou a ser conhecida como Pacto Áureo, o conselheiro Honório Melo, dizendo do regozijo de tão auspicioso fato, propôs que se enviasse telegrama a FEB, a Arthur Lins de Vasconcellos Lopes e a João Ghignone que haviam permanecido no Rio de Janeiro, no seguinte teor:


Federação Espírita do Paraná, por seu Conselho Federativo reunido hoje dia nove, tomando conhecimento deliberação consubstanciada ata reunião Diretores Federação Espirita Brasileira e várias Federações e Uniões âmbito estadual, realizada dia cinco corrente mês sede essa Federação, com satisfação ratifica ditas deliberações assinadas pelo presidente João Ghignone, mesmo tempo manifesta desejo aderir a essa Federação para o que solicita instruções.


Outrossim Federação Espirita do Paraná congratula-se com Família Espirita Brasileira pela feliz inspiração que tiveram os responsáveis pelo desenvolvimento do Espiritismo no Brasil. Assinado Abibe Isfer, vice-presidente em Exercício.


Em 24 de setembro de 1950, foi instalada a Comissão de Assistência e Difusão Doutrinária, sendo Honório Melo escolhido seu secretário, nela permanecendo por quatro anos.

No período de 10 de março de 1955 a 13 de maio de 1958, esteve afastado do Conselho Deliberativo, mas continuou a colaborar nos departamentos da FEP.

Em 1958, foi designado diretor do Departamento de Mocidades, tendo antes sido orientador da União da Mocidade Espírita de Curitiba, UMEC, por mais de cinco anos. Nas reuniões dessa mocidade, que foi muito ativa por mais de dez anos, ele participava, na parte introdutória, a cada quinze dias, fazendo exposições sobre O livro dos Espíritos.


Foi secretário do Conselho Deliberativo, por vários anos, a partir de 1961. Em 1965, teve atuação preponderante na criação das Uniões Regionais Espíritas.


Foi delegado do Paraná em vários congressos espíritas e, inúmeras vezes, representante da FEP no Conselho Federativo Nacional, onde sua opinião era ouvida e respeitada. Era conhecido e amigo dos presidentes das Federações e Uniões Espíritas de todos os Estados.


Melo, como era mais conhecido, era firme na defesa dos aspectos doutrinários e, ao mesmo tempo, pessoa alegre que contagiava pela sua conversa franca.


Além de suas atividades na FEP, foi trabalhador atuante; Presidente da Sociedade Espírita Os Mensageiros da Paz e do Centro Espírita Leocádio José Correia; palestrante em várias casas Espíritas do Estado.


Enfermo e acamado, em 1989, recebeu a visita de Divaldo Franco, que lhe transmitiu um passe.  Ao vê-lo, Melo disse: Quanta honra para um pobre marquês, expressão que usava quando recebia algum elogio ou homenagem.


No Jornal Mundo Espírita, a sua participação como diretor, de novembro de 1977 a janeiro de 1979, foi uma das mais profícuas, além de ter sido um dos mais ardorosos batalhadores para que o mesmo viesse para Curitiba, trazido do Rio de Janeiro pelas mãos de Lins de Vasconcellos.


Deixou, de sua lavra, dois opúsculos versando sobre a FFEP: Federação Espirita do Paraná, 77 anos - seus Presidentes e Ensaio Histórico da Federação Espirita do Paraná em seus oitenta anos.


No período de mais de quarenta anos, em que João Ghignone permaneceu no cargo de presidente da FEP, Melo estava voltado para a dinamização do movimento espírita do Estado.


Desencarnou em 8 de setembro de 1989.


Napoleão Araujo
Jornal Mundo Espírita, setembro 1999.
Em 3.1.2017.

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