Simbá

Nasceu na antiga Núbia, por volta de 1820 e descendia de nobre família islame. Na idade adulta, converteu-se ao Cristianismo e desejou ingressar numa Ordem Religiosa. Jesus o fascinava.

 

As bem-aventuranças impregnaram-no do odor evangélico. Depois de longas meditações resolveu tornar-se felá, dedicando-se ao amanho do solo, após as cheias do Nilo, fator preponderante na vida do seu país.

 

Mais tarde, abrasado pelo desejo de seguir o mestre Galileu, partiu para o deserto e lá se transformou em condutor de caravanas. Nas longas travessias fazia-se o "bom samaritano" e o seu nome ganhou dimensão nacional.

 

Desencarnou, quando as luzes do Consolador se espalhavam pelo mundo, não tendo, porém, participado da informação Kardequiana, embora o conúbio com a Espiritualidade lhe fosse conhecido, tanto quanto o é entre as tribos nômades habitantes do deserto.

 

Ao despertar além da morte, tomando conhecimento da vida verdadeira, deslumbrado, ofereceu-se para servir entre os sofredores das faixas mais densas, próximas à esfera dos homens. Como alguns dos seus antigos afetos espirituais fossem trasladados para reencarnar nas terras do "Cruzeiro", solicitou e conseguiu permissão para os acompanhar, integrando-se nas hostes dos Benfeitores Espirituais que dirigem o Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.

 

Por volta do mês de março de 1948, quando Divaldo Pereira Franco iniciava as suas experiências de ordem mediúnica, recebeu por primeira vez a visita deste Amigo Espiritual que passou a ditar psicofonicamente, nas sessões de socorro aos desencarnados, antes do encerramento, após ligeiros comentários em torno dos trabalhos, uma frase sobre a paz, que a todos encantava.

 

Posteriormente, num formato de diário, com um conceito para cada um dos dias do ano, eles comporiam a obra Poemas de paz, que veio a lume em 1979, através da Editora LEAL.

 

Naturalmente Simbá é um pseudônimo de que se utiliza o abençoado Mentor para se apagar no anonimato, enquanto discreto e incisivo, se revela como o benfeitor dos Espíritos mais infelizes.


Poemas de Paz, ed. LEAL
Vozes do infinito, J. Raul Teixeira, ed. Fráter

© Federação Espírita do Paraná - 20/11/2014