Cinzas do meu cinzeiro - Manoel Quintão
O PAI É DEUS

Manhã de inverno, úmida e pardacenta.

Blocos de nuvens baixas rolavam pelo céu em tonalidades e contornos indecisos como a minha própria alma, assustadiça e vígil.

A noite, em silêncio lúgubre, sincronizando ao tic-tac do relógio o ritmo do coração, passamo-la inteira num pressago êxtase, a contemplar a pequenina fronte que se nimbava de morte.

Mas... por que falar de morte?

© Federação Espírita do Paraná - 20/11/2014