Luís IX - SÃO LUÍS
O bem reinará na Terra quando, entre os Espíritos que a vêm habitar, os bons predominarem, porque, então, farão que aí reinem o amor e a justiça, fonte do bem e da felicidade. (...)
Assim inicia a resposta à última questão de O Livro dos Espíritos e que, à semelhança de várias outras, é atribuída ao Espírito São Luís. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, ele responde a questões que se encontram no cap. IV, itens 24 e 25; cap. V, itens 28 a 31; cap. X, itens 19 a 21; cap. XIII, item 20; cap. XVI, item 15, bem assim derrama a sua sabedoria em vários itens de O Livro dos Médiuns, lecionando conceitos acerca do Laboratório do Mundo Invisível e Das manifestações físicas espontâneas.
São Luís foi canonizado pela Igreja Católica, no ano de 1297, pelo Papa Bonifácio VIII. Adquiriu renome como soberano imparcial. Filho de Branca de Castela, foi coroado rei de França, em Reims, em novembro de 1226, com apenas 12 anos de idade. Durante 10 anos, até seu casamento com Margarida de Provença, foi sua mãe que exerceu a Regência, embora somente em 1242 ele tenha assumido pessoalmente o poder, tomando o nome de Luís IX.
Sob a orientação de sua mãe, tornou-se um soberano piedoso e altruísta. Seus súditos o admiravam pela sua imparcialidade e algumas gravuras o mostram ministrando justiça sob um carvalho, numa floresta perto de Paris, recordando exatamente a qualidade que o caracterizava.
Aumentou, durante o seu reinado, o poder real à custa dos nobres, que, mesmo assim, o respeitavam pela sua justiça. Ele organizou um sistema de controle para evitar abusos administrativos e, desta forma, fortalecer o poder central.
Instituiu assembleias judiciárias que, posteriormente, viriam a dar origem aos parlamentos.
Católico fervoroso, ele fez construir, em 1245/1248, a Sainte Chapelle, em Paris, e organizou a sétima Cruzada contra o Egito, sendo capturado pelos muçulmanos em 1250.
Resgatado, após o pagamento de elevado valor, ele passou os quatro anos seguintes na Síria, fortificando as posições ditas cristãs.
De volta à França, estabeleceu algumas medidas, como a proibição do duelo judiciário, proibição do jogo e a instituição de penalidades para a blasfêmia.
É de sua iniciativa a construção da Sorbonne, que tantas personalidades ilustres formaria para a Humanidade, bem assim construiu o Hospício dos Quinze-Vingts.
Em 1270, empreendeu nova Cruzada. Ao desembarcar em Cartago, seu exército e ele próprio são vitimados pela peste.
Chamado de o bom rei Luís, referência que lhe faz, inclusive o Espírito perturbador da rua des Noyers (O Livro dos Médiuns, item 95), foi considerado um soberano ideal, admirado mesmo por seus inimigos pela sua integridade.
Nada menos que cinco mensagens se permitiu inserir o Codificador no cap. XXXI de O Livro dos Médiuns, de autoria de Luís IX, que assina São Luís e exorta os espíritas nos seguintes termos: (...) Quanto mais modestos fordes, tanto mais conseguireis tornar-vos apreciados. Nenhum móvel pessoal vos faça agir e encontrareis nas vossas consciências uma força de atração que só o bem proporciona.
Fontes:
1.Enciclopédia Mirador Internacional, v. 13.
2. Enciclopédia Delta Universal, v. 9.
3. O livro dos Espíritos/Allan Kardec, FEB, 1974.
4. O livro dos médiuns/Allan Kardec, FEB, 1986.
5. O Evangelho segundo o Espiritismo/Allan Kardec, FEB, 1987.
Em 20.4.2020.
1.Enciclopédia Mirador Internacional, v. 13.
2. Enciclopédia Delta Universal, v. 9.
3. O livro dos Espíritos/Allan Kardec, FEB, 1974.
4. O livro dos médiuns/Allan Kardec, FEB, 1986.
5. O Evangelho segundo o Espiritismo/Allan Kardec, FEB, 1987.
Em 20.4.2020.
© Federação Espírita do Paraná - 20/11/2014