José Herculano Pires

Nasceu na antiga Província do Rio Novo, hoje Província de Avaré, Zona Sorocabana.

 

Filho do farmacêutico José Pires Corrêa e da pianista Bonina Amaral Simonetti Pires. Fez seus primeiros estudos em Avaré, Itaí e Cerqueira César. Revelou sua vocação literária desde que começou a escrever. Aos 9 anos fez o seu primeiro soneto, um decassílabo sobre o Largo São João, da cidade natal. Aos 16 anos publicou seu primeiro livro, Sonhos Azuis (contos) e aos 18 anos o segundo livro Coração (poemas livres e sonetos). Já possuía seis cadernos de poemas na gaveta, colaborava nos jornais e revistas da época, da província, de São Paulo e do Rio. Teve vários contos publicados com ilustrações na Revista da Semana e No Malho. Com Américo de Carvalho, Elias Salomão Farah e Luiz Aguiar (C. César) Duílio Gambini, Djalma Noronha e Raul Osuna Delgado (Avaré) Alfredo Nagib, Hilário Corrêa e Fuad Bunazar (Sorocaba) Benedito Almeida Júnior (Piracicaba) Cerqueira Leite, e Pedro José de Camargo (Itapetininga) fundou a União Artística do Interior, que promoveu dois concursos literários, um de poemas, pela sede da UAI em C. César, e outro de contos, pela Seção de Sorocaba.

 

Mário Graciotti o incluiu entre os colaboradores permanentes da seção literária de A Razão, em São Paulo, que publicava um poema de sua autoria todos os domingos. Nesse tempo já guardava três cadernos de contos e dois originais de romances em sua gaveta. Transformou (1928) o jornal político de seu pai em semanário literário e órgão da UAI. Mudou-se para Marília em 1940 (com 26 anos) onde adquiriu o jornal Diário Paulista e o dirigiu durante seis anos. Com José Geraldo Vieira, Zoroastro Gouveia, Osório Alves de Castro, Nchmja Singal, Anathol Rosenfeld e outros promoveu, através do jornal, um movimento literário na cidade e publicou Estradas e Ruas (poemas) que Érico Veríssimo e Sérgio Milliet comentaram favoravelmente. Em 1946 mudou-se para São Paulo e lançou seu primeiro romance, O Caminho do Meio, que mereceu críticas elogiosas de Afonso Schmidt, Geraldo Vieira e Wilson Martins. Repórter, redator, secretário, cronista parlamentar e crítico literário dos Diários Associados. Exerceu essas funções na Rua 7 de Abril por cerca de trinta anos. Publicou cerca de quarenta livros de Filosofia, Ensaios, História, Psicologia, Parapsicologia e Espiritismo, vários de parceria com Chico Xavier, e está lançando agora a série de ensaios Pensamento da Era Cósmica e a série de romances e novelas Ficção Científica Paranormal. Alega sofre de grafomania, escrevendo dia e noite. Não tem vocação acadêmica e não segue escolas literárias. Seu único objetivo é comunicar o que acha necessário, da melhor maneira possível. Graduado em Filosofia pela USP, publicou uma tese existencial: O Ser e a Serenidade.

 

 

OBRAS

Filosofia
A Busca da Serenidade , Tip. Ipiranga, C. César, SP, 1945

Conceito Moderno de Poesia, Tip. Ipiranga, C. César, 1946

Reino, tese social-cristã, Lake, SP, 1947

Atlântida, Poesia e Mito, Ed. A Semana, C. César, 1948

Blavatski e Gandhi, Lake, SP, 1949.

Os Filósofos, Cultrix, SP, 1960

Farias Brito, Ver. Filos. SP, 1960

As dimensões da Educação, FFCL, Araraquara, 1960

Ser e a serenidade, EDICEL, SP, 1960

Introdução à filosofia espírita, MEU, SP, 1965

Rousseau e a educação, Cultrix, SP, 1965

Renan e os evangelhos, Cultrix, SP, 1965

O verbo e a carne, Cairbar, SP, 1972

A pedra e o joio, Cairbar, SP, 1973

O espírito e o tempo, EDICEL, SP, 1964,77

Agonia das Religiões, Paidéia, SP, 1977

 

Psicologia e Parapsicologia

Introdução à Psicologia, IBF (curso) SP, 1952

Parapsicologia e suas perspectivas, EDICEL, SP, 1964

Parapsicologia hoje e amanhã, EDICEL, SP, 1966

Parapsicologia e suas perspectivas, EDICEL, SP, edições atualizadas em 1974, 1976 e 1977

Arigó, um caso de fenomenologia paranormal, Francisco Alves, SP, 1963

Arigó, vida e mediunidade, EDICEL, SP, 1976

Psicologia da liderança, PAIDÉIA, SP, 1976

Pesquisa sobre o amor, PAIDËIA, SP

Psicologia do desenvolvimento cultural, FFCLA, (curso), 1963

 

Ficção Literária

Sonhos Azuis, Tip. Ipiranga, C. César, SP, 1930

Nhô Chico Bananeiro, contos, Ed. O Porvir, C. César, SP, 1928

Cabo velho & cia., contos, Ed. O Porvir, C. César, 1929

O sertanista, romance, Ed. A Semana, C. César, 1930

Cidades Vivas, contos da zona algodoeira, Ed. Rio Novo, Avaré, SP

O caminho do meio, romance, Brasiliense, SP, 1948

Daga Moriga, Piratininga, SP, 1955

Tempo de magnólias, Piratininga, romance, SP, 1961

Um Deus vigia o planalto, romance, DN (folhetim ilustrado) SP, 1954, Francisco Alves, livro, SP, 1968 (Col. Terra Forte

Barrabás o enjeitado, Lake, SP, Clube do Livro, 1961 (prêmio municipal de cultura), 1972

Lázaro, romance, EDICEL, SP, 1975-1977

Madalena, terceiro romance da trilogia "A conversão do mundo", EDICEL, 1978. Edição total da trilogia

Adão e Eva, novela, PAIDËIA, 1977

O menino e o anjo, novela, PAIDËIA, 1977

Os sonhos nascem na areia, novela, PAIDËIA, 1978

Jamurana e as águas selvagens, PAIDÉIA, SP, 1978

 

Crônicas e ensaios

Os caminhos de Hécate, EDICEL, SP, 1962

Crítica da teoria corpuscular do espírito, Cruso, SP, 1952

Espigão, crônica mariliense, Diário Paulista, SP, 1946

À margem da guerra, Diário Paulista, Marília, 1945

Chico Xavier pede licença, crônicas, Ed. G., SP, 1972

Na era do espírito, Ed. G., SP, 1973

Diálogo dos vivos, Ed. G., SP, 1974

Educação espírita, EDICEL, SP, 1970-77

Na hora do testemunho, PAIDËIA, SP, 1977

 

Poética

Coração, poemas, Tip. Ipiranga, C. César, SP, 1932

Quando o outono chegar, poemas, Dat. Avareense, Avaré, 1932

Cânticos, Dat. Av. Avaré, SP, 1973

Poemas do tempo e da morte, Ed. Semana, C. César

Estradas e ruas, poemas, Francisco Alves, SP, 1933

Mulher de pedra, poemas, Francisco Alves, SP, 1938

África-poema, Tip. O Minuto, SP, 1955

Mensagens, poemas, Tip. Paulista, SP, 1976

Murais, poemas, Ed. Palma, SP e Palermo, 1968

Para uma poética da era cósmica, PAIDËIA, 1978

 

Livros e Ação ...

Abandono da infância, crônicas sobre a condição precária da infância na Média Sorocabana e conseqüente organização, com Elias Salomão Farah, Américo de Carvalho, Francisco Lanças e outros, da Cruzada Papai Noel para socorro às crianças pobres, Ed. O Porvir, C. César, 1936

 

Flores murchas, estudo sobre a carência de assistência médica e orientação alimentar da criança na região cerqueirense e conseqüente instalação do primeiro ambulatório infantil gratuito, sob orientação do Dr. Adalberto de Assis Nazaré, que gratuitamente o dirigiu e assistiu como médico, até o seu encampamento pela Prefeitura, que não conseguiu mantê-lo. Ed. O Porvir, Cerqueira César, 1937

 

Orientação pediátrica, trabalho em colaboração com o Dr. Adalberto de Assis Nazaré e conseqüente promoção do I concurso de robustez infantil da Sorocabana, com apoio da Estrada de Ferro Sorocabana, tendo o departamento oficial do Estado se recusado a editá-lo por ter a instituição promotora um nome estrangeiro: Cruzada Papai Noel - Tip. A Semana, Cerqueira César, 1936

 

Árvores sagradas, artigos em defesa das árvores do Jardim do Largo São João, em Avaré, que estava sendo devastado pela Prefeitura, e da arborização de várias ruas. Ed. Da Tip. Central, de Alberto Martins, Avaré, 1937

 

Ficção científica paranormal

O túnel das almas, romance, PAIDËIA, SP, 1978

Metrô para o outro mundo, romance, PAIDËIA, SP, 1978

Fonte: Livro: Na hora do Testemunho

Foto: http://www.geae.inf.br


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José Herculano Pires, nasceu na cidade de Avaré, no estado de São Paulo a 25/09/1914, e desencarnou nesta capital em 09/03/1979. Filho do farmacêutico José Pires Correia e da pianista Bonina Amaral Simonetti Pires. Fez seus primeiros estudos em Avaré, Itaí e Cerqueira César. Revelou sua vocação literária desde que começou a escrever. Aos 9 anos fez o seu primeiro soneto, um decassílabo sobre o Largo São João, da sua cidade natal. Aos 16 anos publicou seu primeiro livro, "Sonhos Azues" (contos), e aos 18 anos o segundo livro, "Coração" (poemas livres e sonetos). Já possuía seis cadernos de poemas na gaveta, colaborava nos jornais e revistas da época, da província de São Paulo e do Rio. Teve vários contos publicados com ilustrações na Revista da Semana e no Malho..

 

Foi um dos fundadores da União Artística do Interior (UAI), que promoveu dois concursos literários, um de poemas pela sede da UAI em Cerqueira César, e outro de contos pela Seção de Sorocaba. Mário Graciotti o incluiu entre os colaboradores permanentes da seção literária de A Razão, em São Paulo, que publicava um poema de sua autoria todos os domingos. Transformou (1928) o jornal político de seu pai em semanário literário e órgão da UAI. Mudou-se para Marília em 1940 (com 26 anos), onde adquiriu o jornal "Diário Paulista" e o dirigiu durante seis anos. Com José Geraldo Vieira, Zoroastro Gouveia, Osório Alves de Castro, Nichemaja Sigal, Anthol Rosenfeld e outros promoveu, através do jornal, um movimento literário na cidade e publicou "Estradas e Ruas" (poemas) que Érico Veríssimo e Sérgio Millet comentaram favoravelmente. Em 1946 mudou-se para São Paulo e lançou seu primeiro romance, "O Caminho do Meio", que mereceu críticas elogiosas de Afonso Schimidt, Geraldo Vieira e Wilson Martins. Repórter, redator, secretário, cronista parlamentar e crítico literário dos Diários Associados. Exerceu essas funções na Rua 7 de Abril por cerca de trinta anos. Autor de 81 livros de Filosofia, Ensaios, Histórias, Psicologia, Pedagogia, Parapsicologia, Romances e Espiritismo, vários em parceria com Chico Xavier, sendo a maioria inteiramente dedicada ao estudo e divulgação da Doutrina Espírita... Lançou a série de ensaios Pensamento da Era Cósmica e a série de romances e novelas de Ficção Científica Paranormal. Alegava sofrer de grafomania, escrevendo dia e noite. Não tinha vocação acadêmica e não seguia escolas literárias. Seu único objetivo era comunicar o que achava necessário, da melhor maneira possível. Graduado em Filosofia pela USP em 1958, publicou uma tese existencial: "O Ser e a Serenidade". De 1959 a 1962, exerceu a cadeira de filosofia da educação na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara.

 

Foi membro titular do Instituto Brasileiro de Filosofia, seção de São Paulo, onde lecionou psicologia. Foi presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo de 1957 a 1959. Foi professor de Sociologia no curso de jornalismo ministrado pelo Sindicato.

 

José Herculano Pires foi presidente e professor do Instituto Paulista de Parapsicologia de São Paulo. Organizou e dirigiu cursos de Parapsicologia para os Centros Acadêmicos: da Faculdade de Medicina da USP, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, da Escola Paulista de Medicina e em diversas cidades e colégios do interior.

 

Fundou o Clube dos Jornalistas Espíritas de São Paulo em 23/01/1948. O Clube funcionou por 22 anos. Herculano foi membro da Academia Paulista de Jornalismo onde ocupou a Cadeira "Cornélio Pires" em 1964.

 

Herculano pertenceu também a União Brasileira de Escritores, onde exerceu o cargo de Diretor e Membro do Conselho no ano de 1964.

 

José Herculano Pires foi Chefe do Sub-Gabinete da Casa Civil da Presidência da República no governo do Sr. Jânio Quadros no ano de 1961, onde permaneceu até a renuncia do mesmo.

 

Espírita desde a idade de 22 anos não poupou esforço na divulgação falada e escrita da Doutrina Codificada por Allan Kardec, tarefa essa à qual dedicou a maior parte da sua vida. Durante 20 anos manteve uma coluna diária de Espiritismo nos Diários Associados com o pseudônimo de Irmão Saulo.

 

Durante quatro anos manteve no mesmo jornal uma coluna em parceria com Chico Xavier sob o título "Chico Xavier pede Licença". Foi Diretor fundador da revista "Educação Espírita" publicada pela Edicel.

 

Em 1954 publicou Barrabás, que recebeu um prêmio do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo, constituindo o primeiro volume da Trilogia Caminhos do Espírito.

 

Publicou em 1975, Lázaro e com o romance Madalena concluiu a Trilogia.

 

Traduziu cuidadosamente as obras da Codificação Kardecista enriquecendo-as com notas explicativas nos rodapés. Essas traduções foram doadas a diversas editoras espíritas no Brasil, Portugal, Argentina e Espanha.

 

Colaborou com o Dr. Júlio Abreu Filho na tradução da Revista Espírita.

 

Ao desencarnar deixou vários originais os quais vêm sendo publicados pela Editora Paidéia.


http://www.editorapaideia.com.br/Herculano_Pires/herculano_pires.html

© Federação Espírita do Paraná - 20/11/2014