Pedro Franco Barbosa

Retornou à Espiritualidade, na tarde de 4 de junho de 1997, o confrade Pedro Franco Barbosa, em sua residência, no Rio de Janeiro, depois de um período de mais de dois anos de grave enfermidade.

 

O enterro do seu corpo ocorreu às 14 horas do dia imediato, no Cemitério de São João Batista, em Botafogo, com grande acompanhamento. Antes da saída do féretro, sua filha Maria Regina falou sobre o pai com muito carinho, lendo, inclusive, juntamente com os irmãos Maria Helena e Pedro Paulo, algumas poesias do seu livro Espiritismo e matéria.

 

Lauro de Oliveira S. Thiago falou em nome da Federação Espírita Brasileira e, à beira do túmulo, Américo de Oliveira Borges, que fora seu companheiro na ABRAJEE - Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas -, discursou exaltando as qualidades de grande trabalhador e defensor da Doutrina dos Espíritos.

 

Pedro Franco Barbosa nasceu no dia 29 de junho de 1906, em Vassouras - RJ, filho de Cristiano Alves Barbosa e Eurides Franco Barbosa. Fez os seus primeiros estudos em sua terra natal e, matriculando-se na Universidade Federal Fluminense, em Niterói, recebeu o diploma de Direito, em 1940.

 

Casou-se com América Martins Barbosa, em 1939, e da união nasceram, além dos citados, a caçula Maria Luiza. Deixou dez netos.

 

Era aposentado do Ministério da Fazenda, como funcionário público federal, no cargo de Procurador.

 

Fez-se adepto do Espiritismo quando foi lecionar no Colégio Leopoldo, em Nova Iguaçu, na vivência com o Professor Leopoldo Machado, em 1940.

 

Passou a freqüentar a Cruzada dos Militares Espíritas, iniciando um programa de estudo das obras de Allan Kardec, assumindo a tarefa de expositor.

 

Convidado por José Mariano para a Sociedade de Espiritismo, Homeopatia e Obras Sociais, prestou relevantes serviços à instituição. Integrou o quadro de professores do Instituto de Cultura Espírita do Brasil por muitos anos e participou da fundação da ABRAJEE.

 

No VI Combrajee (congressso da instituição), apresentou a tese "Há uma literatura espírita". Participou ativamente dos congressos em suas edições de 5 a 10 e foi eleito Secretário e Vice-Presidente.

 

Levou sua palavra abalizada sobre o Espiritismo em todo o Rio de Janeiro e em outros Estados, tendo viajado à Europa, em 1980, para proferir conferências na sede da Federação Espírita Portuguesa.

 

Na qualidade de jornalista, colaborou em quase todos os jornais espíritas no Brasil e no estrangeiro. Deixou dois livros publicados: Espiritismo e matéria (versos) e Espiritismo básico (doutrinário).

 

De personalidade bondosa e calma, comedida e temperamento profundamente espírita e cristão, humilde em todos os trabalhos, deixou imorredoura saudade no Movimento Espírita, que abraçou de alma e coração.


Antônio de Souza Lucena

© Federação Espírita do Paraná - 20/11/2014