Alfredo Romário Martins
Nasceu em 8 de dezembro de 1874, em Curitiba.

Filho único de José Antônio Martins e Florência Severina Ferreira Martins, ambos viúvos, que tinham filhos dos casamentos anteriores.

Desde cedo trabalhou em jornais, primeiro como auxiliar de tipografia e depois como redator.

Na juventude, demonstrou gosto pela História, e foi encarregado pelo Governo Paranaense de pesquisar arquivos sobre a História do Paraná em São Paulo.

Em 1902, foi nomeado Diretor do Museu Paranaense, cargo que ocupou durante 25 anos. Foi também Diretor do Departamento de Agricultura do Estado e deputado estadual em 1904.

Como legislador municipal e estadual, Romário Martins criou a bandeira e o brasão do Estado; criou o brasão e as armas de Curitiba; regulou o corte de madeira e estabeleceu o reflorestamento; propôs o dia 29 de março de 1693 como a data do nascimento de Curitiba.

Ele também organizou congressos e fundou revistas literárias e científicas. Entre seus livros mais famosos estão: Vozes íntimas, Noites Alvoradas, O que é o Paraná, Terra e gente do Paraná, entre outros.

Foi considerado o maior historiador do Paraná, quando publicou História do Paraná.

Na Revista A Luz, ano VI, nº 121, de 15.1.1895, ed. Centro Espírita de Curitiba, ele dedica versos, sob o título Imortalidade da alma, a Alfredo Caetano Munhoz, chefe de redação de A Luz, a quem denomina esforçado propagandista espírita. Isso nos fala de sua integração às fileiras espíritas.

E, enquanto membro da Câmara Municipal de Curitiba, em 1906, conseguiu junto à Prefeitura de Curitiba, a concessão de um terreno, localizado no Alto São Francisco, para a construção da 1ª Sede própria da Federação Espírita do Paraná, que foi inaugurada em 6 de outubro de 1907.

Em texto autobiográfico de 1946, Romário sintetiza sua trajetória: Na constância do meu ofício, eduquei meus sentimentos e minha inteligência. Minha atividade, eduquei na modéstia, no trabalho e na ordem das oficinas. Dos jornais passei às redações. Servi à causa pública, mesmo em campo partidário, mas ainda aí, conservando as diretrizes do meu espírito, liberto de injunções com a rotina e com a prepotência. Em funções oficiais cheguei a cargos de direção e fui eleito deputado em dez legislaturas, fato singular no Paraná. Em todos esses postos deixei iniciativas e realizações de organização e de progresso.

Desencarnou em Curitiba, em 10 de setembro de 1948.


Em 10.2.2023.

© Federação Espírita do Paraná - 20/11/2014